O «Livro Antigo» da
Biblioteca Municipal de Aveiro
1. INTRODUÇÃO
Ao comemorar-se este ano o 60.º aniversário desta
Biblioteca, julgo ser do maior interesse para o público em geral, e para
o investigador em particular, abordar aqui o tema em epígrafe, uma vez
que é do desconhecimento – pode dizer-se total! – a sua existência e
valor. Com efeito, e segundo o juízo abalizado dos entendidos que nos
têm visitado, e que tiveram o privilégio de apreciar esse espólio, esta
casa pode orgulhar-se de possuir um rico acervo de obras clássicas que
se estende dos meados do século XV – início da imprensa – até 1800, –
balizas temporais do chamado Livro Antigo.
Como se sabe, o século XV é o tempo da explosão
tipográfica. Se Guttenberg imprimiu a sua Bíblia de 42 linhas em
Mogúncia, Alemanha, em 1456, poucos anos depois vamos encontrar grandes
casas impressoras em Veneza e Subiaco, na Itália; Segóvia e Valência, na
Espanha; Paris e Lion, na França; Antuérpia e Amberes, nos Países-Baixos.
As tipografias abrem por todo o lado, as tiragens ampliam-se, as ideias
alastram-se por todo o mundo culto de então. Portugal também acompanha
essa expansão, havendo notícias de tipografias em Lisboa, Porto, Faro,
Leiria, Chaves e Guarda antes do final do século XV.
Com o avanço do ideal humanístico e renascentista que,
nascendo na Itália, depressa se alastra por toda a Europa, as casas
impressoras vão fazendo surgir esse novo objecto que depressa se torna
sinal de grandeza e poder. A sua raridade confere-lhe maior valor,
passando a ser adquirido não só pelo clero e grandes senhores, mas de
igual modo pelo burguês activo e enriquecido, também ele desejoso dessa
nova forma de Poder – o da cultura. O livro deixa, assim, de ser
monopólio das bibliotecas monacais e principescas, tornando-se parte do
luxo e ostentação das famosas casas burguesas. As grandes tiragens
surgem já no século XVI, editando-se os Greco-Latinos e os Doutores da
Igreja medieval a par dos poetas e filósofos da Renascença. E caso digno
de nota: – a Feira do Livro de Leipzig, que se realiza duas vezes por
ano, publica catálogos de novidades pelo menos a partir de 1564. (1)
Feito este preâmbulo como nota introdutória ao tema
proposto inicialmente, entremos na galeria do Livro Antigo desta
Biblioteca Municipal.
2. O Século XV – Incunábulos.
O século XV, o mesmo de Guttenberg e da sua invenção, a imprensa, está
aqui representado por quatro belos exemplares:
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1º – Uma obra de S. Tomás de Aquino, editada em Veneza em
1476, e que será parte da Summa Theologica do Doutor Angélico.
Este livro apresenta todas as letras capitulares pintadas alternadamente
a azul e a vermelho.
2.º – Do mesmo género, mas mais rico na sua decoração –
pois além do pormenor das capitulares a azul e a vermelho, apresenta
todas as maiúsculas do texto com toques a ouro, além de uma iluminura
finíssima de bom gosto e execução contornando a primeira inicial do
texto (sendo esta pintada a ouro), – é uma obra atribuída a outro
distinto Doutor da Igreja, Alberto Magno, que foi mestre de Tomás de
Aquino e um dos grandes pilares da Igreja e do primeiro renascimento
europeu. O seu título é muito simples – Compendio Theologiae
Veritatis – e não apresenta nem local nem data de impressão,
tendo-lhe sido atribuída a mesma datação pela sua letra gótica e
ornamentação.
3.º – Uma outra obra, que teve uma rica encadernação a
couro e ferros dourados, hoje bastante danificada, apresenta as
capitulares só a vermelho e uma iluminura simples, mas requintada,
envolvendo a primeira maiúscula do texto, mas sem couro. O seu autor
apresenta-se: «Ego, frater Mathias Farinatoris de Wêna». O livro foi
editado em 1479, segundo dados do cólofon, e alguém o «baptizou» com o
título De Nativitate Christi.
4.º – Por fim, de 1480, é um curioso livro intitulado
Fasciculus Temporum, muito ilustrado com xilogravuras e que me
parece ser uma espécie de almanaque, abrangendo vários anos e assuntos.
Ao acaso encontrei a referência ao aparecimento dum cometa em 1472:
«Cometa apparuit i principio ãni 1472» – fenómeno também registado na «Cronica
da Fundação do Mosteiro de Jesus de Aveiro». (2) Mas há mais: figuras
com referências a altitude e longitude, pontos cardeais, tábuas de
astronomia, sínteses cronológicas sobre os Príncipes da Igreja e do
mundo, enfim uma amálgama de dados interessantes para os estudiosos. O cólofon refere que foi impresso em Veneza aos 24 dias do mês de Novembro
de 1480, sendo «Xisto IV pontífice máximo e Joanne Mocenigo Duce», e que
se ficou a dever essa impressão ao cuidado de Erbardi Ratdolf – o
impressor alemão Erhard Ratdolf (1443-1528) que se fixou em Veneza em
1477, tendo sido o primeiro a decorar os seus trabalhos com gravuras,
tal como fez com as obras de Dante e Boccacio. (3)
3. O século XVI
A representação deste século torna-se mais vasta, sendo o
livro mais antigo uma obra atribuída a S. Jerónimo, impressa em Veneza
em 1509, enquanto que uma Vida de Tácito, de Justus Lipsius (forma
latina do nome de um dos grandes humanistas, o flamengo Joest Lipso),
nos chega de Antuérpia, editada em 1589. O lote é variado:
– Séneca (Basileia – 1515; Antuérpia 1551);
– Cícero (Paris – 1538);
– Platão (Basileia – 1538);
–Terêncio (Veneza – 1553);
– Flávio José (Lion – 1566);
– Filon, o Judeu (Basileia – 1558);
– Aulo Gélio (Veneza – 1515);
– Plínio, o Moço (Lion - 1531);
– Valério Máximo (Paris - 1535);
– Clenardo (Colónia – 1551);
– Lactâncio (Lion – 1556);
– Macróbio (Lion – 1560);
– Ariosto (Pesaro – 1555 e Veneza – 1563).
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Do século XVI existem nesta biblioteca várias obras de
cariz religioso, impressas em Nuremberg, Lion, Basileia e Colónia, bem
como duas Bíblias Sagradas, sendo uma delas a conhecida Vulgata
Latina (Roma – 1523) e outra de Antuérpia (1554); e também dois
Missais, um deles impresso em Coimbra em 1583, e três exemplares do
Index Librorum Prohibitorum, impressos em Lisboa (1564, 1581 e
1597). Desta mesma época, e também de oficinas portuguesas, são:
Capítolos de Cortes (cortes de Torres Novas – 1525, e Évora – 1535),
vindas, a lume em Lisboa (1538); a obra do Cardeal-rei D. Henrique
Meditationes et Homiliae (Olyssipone –1576); um livro de Álvaro
Valasca (ou Vaz), jurisconsulto de fama europeia (e que defendeu a causa
de D. Juliana de Lencastre para a posse da Casa e Ducado de Aveiro, após
a morte de seu pai em Álcácer-Quibir), editado em Lisboa por Baltasar
Ribeiro, em 1591; e Avisos Spirituales, editado em Lisboa em 1563, sendo
seu autor o teólogo espanhol Francisco de Monçon que, a convite de D.
João III, leccionou na Universidade de Lisboa e depois na de Coimbra,
acabando por ser capelão deste monarca e de seu neto D. Sebastião. Esta
edição é a 1.ª e era dedicada ao Cardeal D. Henrique, ainda infante.
A Espanha também está representada neste acervo com
edições de Salamanca (1526), Valência (1553 e 1560), Madrid (1595) e
Sevilha (1534). Excepto a Primera Parte de La Corolea, que trata
das vitórias de Carlos V, são todas de temática religiosa, sendo a de
Sevilha uma tradução castelhana de uma obra de S. Gregório,
Los Morales de sant Gregório Papa Doctor de Ia Santa
Yglesia.
4. O século XVII.
Embora continuem a encontrar-se neste espólio do «Livro
Antigo» alguns exemplares de autores clássicos greco-Iatinos ou de
filósofos ou poetas humanistas, editados ou reeditados neste século, o
grosso da colecção é constituído por exemplares de autores portugueses e
espanhóis, tanto laicos como religiosos, impressos em Portugal (ou
Espanha), e alguns no estrangeiro. É curioso encontrar-se uma obra de
Cícero, impressa em Antuérpia em 1671, e outra do mesmo autor, editada
em Coimbra no ano seguinte, por exemplo, o que revela o interesse
existente em Portugal pela cultura renascentista da época.
Aliás, a prática de traduções de autores clássicos em
Portugal é aqui assinalada pela presença de um exemplar de Virgílio,
editado em Lisboa em 1614, ainda mais cedo, portanto.
Assim temos: saídos dos prelos de Antuérpia – Lípius
(1632), o já citado Cícero (1671), Ovídio (1668), a 2.ª edição de
Carona Gótica do espanhol Saavedra Faxardo (1658/71), e um livro de
jurisprudência do português Jorge de Cabedo, figura de grande prestígio
na sua época, obra essa editada naquela cidade em 1684; de Genève existe
um Cícero (1617) e um Flávio José (1634); Veneza está representada por
uma obra de Joachimo Krazio (1610), uma 2.ª edição de Orsino, poeta
italiano de nomeada (1620), e um exemplar de Luigi Grotto, «Cieco de
Hadria» (1616). Em Paris foi editada uma grande obra do cardeal
César Barónio, cujo original se encontra na Biblioteca Vaticana.
Considerada como uma «obra rara», foi impressa em 1630 com o título
Annales Ecclesiastici (2 volumes). De Paris é também um livro de
Bossuet, impresso ali em 1697. O espanhol Quevedo Villegas, tido como um
dos maiores escritores de Espanha, viu a sua obra impressa em Bruxelas
entre 1670 e 1672. De Madrid há uma vasta representação, de que se
salientam obras dos poetas espanhóis Francisco de Ia Torre (1674),
Hurtado de Mendonça (1610) e Lope de Vega (1611), bem como a parte de
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Corona Gotica escrita por Alonso Nunes de Castro (1678). De
Valência veio uma tradução de Andrea Alciato, jurisconsulto italiano, de
1670.
Embora estes sejam apenas alguns dos autores
representados neste acervo de – obras antigas, os seus nomes são bem
significativos para o valor da nossa colecção. Idêntica é a
representatividade das edições feitas em Portugal, de autores
portugueses. Em Lisboa imprimiram-se obras de grandes autores como Frei
Amador Arrais (Diálogos – 2.ª edição – 1600), Fr. Bernardo de
Brito e Fr. António Brandão (Monarchia Lusitana – 1ª edição –
1609/32), Francisco de Andrade (Crónica de D. João III – 1.ª'
edição 1613), Fernão Mendes Pinto (Peregrinação - 1.ª edição
1614; 2.ª edição – 1678), António de Sousa de Macedo (Flores de
Espanha, Excelências de Portugal – 1.ª edição – 1631), Duarte Nunes
de Leão (Crónica dos Reis de Portugal, 1ª edição – 1643), Jacinto
Freire de Andrade (Vida de D. João de Castro, 4.º viso-rei da Índia
– 1.ª edição); Sermões e História do Futuro (1679/94) do Padre
António Vieira; algumas obras do Bispo do Porto Fernando de Lacerda,
editadas entre 1669 e 1674, de que se refere uma Vida da Infanta Dona
Joana; Manuel Bernardes (Luz e Calor – 1.ª edição – 1696).
Bastantes sermões de vários pregadores de nomeada da época pertencem a
este grupo, assim como obras didácticas que fizeram escola;
Diccionário Lusitânico-Latino de Poiares (1667); O Tratado de
Cirurgia do médico A. Cruz (Lx. – 5.ª edição 1669); a Prosódia
de Bento Pereira, editado em Évora em 1697 (7.ª edição); obras de
Direito e Jurisprudência de Miguel Reinoso (Coimbra 1675) e Emanuel de
Castro (Coimbra – 1680). Em 1667 imprimiu-se uma obra poética
Virginidos ou Vida da Virgem Nossa Senhora, de Manuel Mendes de
Barbuda e Vasconcelos, natural de Verdemilho – Aveiro, obra essa
dedicada a D. Luísa de Gusmão, mulher de D. João IV, obra que não terá
grande valor literário (concretamente no parecer de Inocêncio José da
Silva) (4), mas que tem o seu valor anedótico e político – e tanto mais
se pensarmos que por essa altura andava o Sr. Duque de Aveiro, D.
Raimundo, por terras de Espanha, depois de ter sido decapitado em efígie
por se ter envolvido numa conspiração contra D. João IV...
Mas dessa época surgem, também, edições feitas em
Portugal de autores espanhóis, e igualmente livros impressos em Madrid
de autores portugueses, entre os quais Camões (1639), Rodrigo Mendes da
Silva (Judeu do Porto) e outros. Não nos podemos esquecer que, durante
os primeiros quarenta anos do século XVII, Portugal e Espanha faziam
parte dum mesmo reino, sendo a cultura partilhada de igual modo dum lado
e doutro da fronteira. Valia a pena um debruçar da investigação sobre
tal tema com o apoio do espólio existente nesta casa.
5. O século XVIII
O maior acervo de obras pertence a este período, fazendo
parte dele obras monumentais ou enciclopédias como o Diccionário
Histórico, do Abade Moreri, em 10 volumes, tradução em língua
castelhana impressa em Paris em 1753; ou a História Eclesiástica
de Natalis Alexander, em 11 volumes, editada em Veneza entre 1758/78; ou
a Colleçam de Documentos, Estatutos e Memorias da Academia Real de
História Portuguêsa, em 7 grossos volumes editados em Lisboa entre
1721-27 pelo Marquês do Alegrete, ou a Encyclopédie Méthodique (5
v.), saída em Paris em 1786/92. É a época dos grandes Dicionários de que
temos alguns bons exemplares: – P. Danes, Magnum Dictionarium Latinum
et Galicum, (Lugduni – 1726); Calepino, Lexicon Latinum (2
v.), Pádua, 1758; Bluteau, Diccionário da Lingua Portuguesa (2
v.), Lisboa 1759; o Dictionnaire Universel François-Latin, de
Lallemant, saído em Paris em 1774; um Dictionnaire Littéraire, em
3 v., publicado em Liège em 1768; um Dictionnaire Hydrographique de
Ia France, da autoria do geógrafo Moithey, não esquecendo Viterbo e
o seu Elucidário. Não faltam também as gramáticas:
Orthographia ou Arte de Escrever, e Arte explicada, de
Madureira Feijó, publicadas em Lisboa em 1730; uma gramática inglesa de
António Vieira Transtagano, editada em Londres em 1794, já em 3.ª edição
– o que revela o seu interesse e valor didáctico; de Freire de Cunha
também se encontra um Breve tratado de Ortographia (Lx. – 1778)
em 5.ª edição; e de Álvaro Ferreira de Vera a obra Rudimentos da
Gramática Portuguesa, publicada em Lx. em 1779. A História e seus
subsidiários também estão aqui presentes desde o Abade Millot com a sua
Historia Universal, tradução portuguesa publicada em Lx. em 1780,
à Histoire de L'Amérique de W. Robertson (Paris – 1778); à H.
G. de Portugal, de La Clède, e ao Portugal Restaurado de D.
Luís de Meneses (Lx. 1721); ao Tratado dos Descobrimentos, de
António Galvão (Lx. 1731); às Origens da Nobreza Política (...),
de Vera (Lx. 1791); às Memórias Históricas e Geneológicas, de
Caetano de Sousa (Lx. – 1739 - 1.ª edição); ao Elogio dos Reis de
Portugal, de A. Pereira de Figueiredo
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(Lx.
– 1785 – 1.ª edição); às crónicas de ordens religiosas e da própria
Igreja em Portugal, de que sobressai a Historiae Ecclesiae Lusitanae,
em 3 volumes, do Bispo de Pernambuco D. Tomás de Encarnação (Coimbra,
1759/62). O Direito tem também uma grande representação a nível nacional
e europeu, desde o Imperatoris Justiniani Institutionum (Lugduni,
1759) e Corpus Juris Civilis Justinianei (2 v.), às Ordenações
e Leis do Reino de Portugal (Lx. 1727), passando pela obra de
Pascoal José de Melo, Institutionum Juris Civilis Lusitani, em 5
v., editada em Lx. – 1794 / 99, à de Ant.º Vanguerva Cabral, Práctica
Judicial (Coimbra, 1730), a Amaral Botelho, Discursos Jurídicos
(Lx. – 1742) e muitos outros.
As reedições dos clássicos greco-latinos aumentam neste
período, havendo também algumas traduções em português. São várias as
obras de Cícero, Horácio, Virgílio, Ovídio, Hesíodo, Esopo, Fedro,
Quinto Rufo, Plínio, Sílio Stálico, Tito Lívio. Grandes pensadores dos
séc. XVII – XVIII (Heinecke, Condillac, Bossuet, Fénelon, T. Paine,
Rousseau); místicos como Tomas Kempis e Inácio de Loyola; matemáticos e
cientistas como Étienne Bézout, Col de Vilars, Lineu e Brotero; poetas e
escritores como Malherbe, Corneille, A Pope, Gessner, Young, fazem parte
desta plêiade intelectual cuja obra foi impressa no séc. XVIII. Como
curiosidade refere-se o facto deste grupo conter obras duma escritora
francesa, Madame Le Prince de Beaumont, autora de vários livros de
contos, do que o mais conhecido é A Bela e o Monstro. E quanto a
autores portugueses? Curiosamente, não é muito vasta a sua
representação. Além dos cronistas, historiadores, juristas e gramáticos
já mencionados, existem obras de Manuel Bernardes, Fr. António das
Chagas (Sermões), Diogo Bernardes (Rimas Várias Flores
do Lima), Diogo de Teive, António L. de Caminha, André de Resende e
pouco mais. E os escritores aveirenses? Infelizmente o número é
insignificante. Além duma 6.ª edição do Itinerário à Terra Santa,
de Pantaleão de Aveiro (Lx. – 1732), possuímos dois exemplares do
Número Vocal de Sebastião Pacheco Varela (Lx. – 1702 – 1.ª edição) e
o já citado Virginidos de Barbuda de Vasconcelos.
6. CONCLUSÃO
Como facilmente se deduz, não se pretendeu dar uma
amostragem completa dum catálogo do «Livro Antigo» da B. M. A, o qual
ainda não existe de facto. Pretendeu-se, apenas, dar a conhecer este
espólio variadíssimo e interessante, no intuito de despertar a
curiosidade dos conhecedores e amantes dos estudos bibliográficos,
literários ou históricos, já que nos parece que ele é digno de um estudo
profundo e profícuo, quer a nível científico, quer, apenas, a nível
cultural.
Aqui fica a nossa sumária e deficiente informação,
crentes de que num futuro mais ou menos próximo, alguém mais abalizado e
disponível se queira debruçar sobre este assunto e dar-lhe o valor e o
realce público que ele merece.
Aveiro, Verão de 1987.
Honorinda Cerveira da Costa
BIBLIOGRAFIA
1 – O Livro ontem, hoje e amanhã, Biblioteca
Salvat de Grandes Temas, n.º 50.
2 – Cronica do Mosteiro de Jesus de Aveiro (...)
Aveiro, 1939.
3 – O Livro ontem, hoje e amanhã, Biblioteca
Salvat de Grandes Temas, n.º 50.
4 – Diccionario Bibliográfico Português, de
Inocêncio Francisco da Silva, Lx., 1858.
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MOVIMENTO DA BIBLIOTECA MUNICIPAL DE AVEIRO
1986: Utilizadores – 12.405
Obras consultadas – 24.245
1987: Utilizadores – 17.601
Obras consultadas – 28.185 |
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