INTRODUÇÃO
1. PATRIMÓNIO CULTURAL. QUE
POLÍTICA?
A actual Constituição dispõe
textualmente que o Estado tem obrigação de preservar, defender e
valorizar o património cultural do povo português.
Esta norma exige, assim, a
definição de uma política cultural na última década, por razões que, de
momento, não importa adiantar, virada a Lisboa, e praticamente reduzida
aos subsídios concedidos ao cinema e teatro – que, no domínio do
património, em nosso entender, deve ter em consideração dois aspectos
fundamentais:
– a incapacidade de
conservação e recuperação de todos os bens que simbolizam a nossa
herança colectiva;
– o reforço da cooperação do
Estado com as autarquias, instituições e organizações sociais, em ordem
à elaboração de projectos e à diversificação dos meios financeiros
necessários à defesa e valorização do nosso património.
1.1. Tendo em atenção a
conjuntura económica que Portugal atravessa neste momento e que, sem
dúvida, se irá manter, ainda, por vários anos, seria utópico pensar-se
na salvaguarda de todos os bens que exprimem a identidade da nossa
cultura.
Sítios, conjuntos,
monumentos, colecções e bens móveis,
nos últimos cento e cinquenta anos, salvo uma ou outra excepção, foram
objecto de uma degradação tal que se torna impossível a sua recuperação.
Não há município que não
possua monumentos a necessitar de urgente intervenção. Não há semana, em
que os jornais não revelem a ruína ou destruição de casas senhoriais,
igrejas, capelas, pinturas, documentos, etc., a um ritmo tão forte
quanto a indiferença que suscita entre a opinião pública.
Torna-se, assim, imperioso,
após o levantamento sistemático do nosso património, distinguir o que
deve ser restaurado ou acautelado, do que não vale a pena defender ou
recuperar – já pelo estado de destruição em que se encontra, já pela
impossibilidade material de proceder à sua reposição –, repensar a
classificação de que os imóveis foram objecto nas últimas décadas, e,
finalmente, estabelecer os critérios técnicos que devem seleccionar e
orientar as intervenções a fazer, na certeza de que a beneficiação
atempada é mais eficaz e menos dispendiosa que qualquer recuperação.
Entre as obras a efectuar na
Casa de Mateus e a recuperação do convento de Tibães não há que
escolher.
E se o panorama é já sombrio
quanto ao património histórico existente, torna-se necessário reflectir
maduramente nas acções que todos os anos contribuem para o seu
alargamento.
Estamos a referir–nos,
naturalmente, às escavações arqueológicas que arbitrariamente se têm
feito por todo o País, dirigidas, quase sempre, por amadores, efectuadas
segundo princípios nada ortodoxos, rapidamente abandonadas quando os
resultados das escavações se representam modestos, mas que têm
desbaratado boa parte dos fundos atribuídos ao Património Cultural.
Ora, no campo da
Arqueologia, independentemente da atribuição criteriosa das verbas, que
devem ser concedidas, apenas a equipas orientadas por arqueólogos, raros
em Portugal, é preciso ter bem presente que os trabalhos não acabam com
as escavações, outrossim constituem a primeira fase do labor
arqueológico.
Com efeito, após o trabalho
de campo, há toda uma actividade de recolha, identificação, catalogação
e estudo do conjunto dos achados, assim como de recuperação e
conservação da área escavada, a partir de então muito mais vulnerável às
intempéries e acção do homem, que exige verbas avultadas e que,
portanto, devem ser tidas em conta, aquando da concessão dos subsídios.
Para escavar, para apenas pôr a
descoberto o que, em seguida, tem de ser preservado, e levantar o que
não pode ser abandonado ou encaixotado, para, na primeira oportunidade,
ser destruído, então, é bem melhor refrear o frenesim arqueológico que
abala o nosso território.
/ 6 /
1.2. Por outro lado, importa
assumir o princípio de que a defesa do património não pertence
exclusivamente ao Estado.
A tendência centralizadora e
burocrática do Estado, ou dos seus serviços, tem contribuído, sem
dúvida, para desmotivar as entidades privadas, mesmo os próprios
cidadãos, quanto a iniciativas orientadas à conservação do nosso
património.
Torna-se, pois, necessário
aprofundar os movimentos que, nos últimos anos, desabrocharam em
Portugal, em torno da defesa, animação e valorização do nosso
património, encontrar formas de cooperação entre o Estado e a Igreja, os
municípios e outras instituições sociais, culturais, financeiras e
militares, enfim, comprometer na recuperação dos nossos bens culturais,
à semelhança do que acontece noutros países da Europa, bancos,
associações patronais e sindicatos, fundações e empresas, uma vez que a
escassez das verbas orçamentais, atribuídas ao nosso património cultural
exige a diversificação dos financiamentos necessários à sua defesa.
Neste domínio, mais que a
cooperação entre o Estado e a Igreja, ou o poder local, importa
salientar o valioso contributo que os municípios têm dado, na última
década, para salvaguarda do nosso património, assumindo plenamente as
competências e atribuições que a legislação, nesse âmbito, lhes confere.
As autarquias, com efeito,
têm desenvolvido um grande esforço na defesa dos bens culturais,
nomeadamente no que diz respeito aos arquivos, domínio que tem sido
marginalizado, para não dizer ignorado, pelo organismo responsável pelo
nosso património.
2. OS ARQUIVOS FAZEM PARTE
DO NOSSO PATRIMÓNIO CULTURAL?
E é justamente no sector dos
arquivos que o Estado, há muito tempo, devia ter lançado, em estreita
colaboração com a Igreja e os municípios, as universidades, as
misericórdias e outras entidades, um plano à escala nacional de
reconhecimento, levantamento e inventariação das nossas fontes
manuscritas, e encontrar, para a realização desse plano, modalidades de
acção e decisão apropriadas, em ordem a estimular e favorecer a
participação activa e responsável de todas as partes interessadas no
mesmo.
Não é necessário, em nosso
entender, demonstrar a urgência de tal projecto, de um autêntico
projecto nacional que cubra todo o território, uma vez que, se em muitos
aspectos culturais se torna necessário autonomizar programas regionais e
iniciativas locais, a nível dos arquivos, como das bibliotecas, tem de
haver uma política nacional.
Basta lembrar, muito
simplesmente, que os arquivos são frágeis, constituídos por peças que
facilmente se podem arruinar ou eliminar, mas únicos, pois é através
deles que, fundamentalmente, podemos estudar e conhecer o nosso passado.
Enquanto as fontes materiais
ou arqueológicas, embora degradando-se, resistem mais eficazmente aos
assaltos do tempo e do homem, as fontes arquivísticas ou diplomáticas,
pela própria natureza do seu suporte, o pergaminho ou o papel, quando
não são objecto de cuidados mínimos, desaparecem inevitavelmente.
Por outro lado, um plano de
salvação nacional dos arquivos é economicamente viável, não só porque os
seus custos se revelam limitados, mas também porque nos encontramos numa
área privilegiada quanto à diversificação dos financiamentos necessários
à sua prossecução, uma vez que as instituições, directamente
interessadas em tal plano, seriam as primeiras a suportar, em grande
parte, as despesas efectuadas.
Esperamos que o Instituto
Português do Património Cultural, tão carente de projectos e iniciativas
válidas, se liberte do formalismo burocrático que tem caracterizado a
sua actividade, e saiba, em breve, lançar uma campanha de salvaguarda
dos arquivos nacionais, à semelhança do que aconteceu, há algumas
décadas, nos outros países da Europa.
Só assim se poderá evitar
que os nossos fundos documentais continuem a sofrer as destruições de
que têm sido alvo, esquecidos em instalações degradadas, despejados com
os trastes velhos em caves e sótãos, à mercê da humidade, do fogo, dos
parasitas e roedores e, de quando em vez, do zelo de limpeza de certas
pessoas que, inconscientes do seu valor, resolvem mandá-los para o papel
velho.
Só assim se poderá impedir
que as nossas fontes, incluindo pergaminhos, códices e livros de registo
paroquial, continuem a ser vendidos nos alfarrabistas e antiquários, e
assim transitarem para as bibliotecas de particulares e, o que é mais
grave, conhecerem destinos além fronteiras, adquiridos pelos
investigadores, bibliotecários e instituições culturais de outros
países.
Enquanto não se proceder a tal operação,
temos de contar apenas com as acções isoladas de algumas equipas de
investigadores, com particular relevo para os docentes da Faculdade de
Letras do Porto, e para os membros do CENPA – Centro de Estudos Norte de
Portugal-Aquitânia, que, à sua própria custa, ou apoiados pelas câmaras,
reconheceram já um significativo número de arquivos distritais,
municipais e eclesiásticos, e inventariaram alguns núcleos documentais.
/ 7 /
Na verdade, é de toda a
justiça salientar a importância que as autarquias têm devotado aos
trabalhos de conservação e valorização dos nossos conjuntos de fontes,
assim como da publicação de livros manuscritos inéditos que dizem
respeito à história local e regional.
Está neste caso a Câmara de
Aveiro que, nos últimos anos, desenvolveu um significativo labor
cultural, instalando e subsidiando grupos de teatro, promovendo
numerosas exposições, colóquios, debates e conferências, enriquecendo
continuamente a biblioteca municipal, publicando um boletim cultural,
editando trabalhos de história, arte, etnografia e arqueologia, etc.
Mais recentemente, o seu
pelouro de cultura, dinâmica e inteligentemente orientado pelo Senhor
Vereador Custódio Ramos, passou a dedicar maior atenção aos arquivos
existentes no concelho, a necessitarem de urgente intervenção de
recolha, inventário e estudo.
Daí o convite que nos foi
dirigido para, numa primeira fase, reconhecermos e inventariarmos o
Arquivo Municipal e o Arquivo da Misericórdia da cidade, tarefa que
levámos a cabo, durante alguns meses, juntamente com um grupo de
mestrandos de História Moderna da Faculdade de Letras do Porto, e que
está na origem da publicação deste estudo.
Localizados outros arquivos,
e recuperados numerosos livros manuscritos que se encontram em mãos de
particulares, entretanto sensibilizados para o depósito dessas fontes no
Arquivo Municipal, estamos certos que outros trabalhos desta natureza se
irão seguir, dando assim a conhecer aos historiadores, e a todas as
pessoas em geral, o manancial dos documentos imprescindíveis à história
de Aveiro e sua região.
3. PARA A HISTÓRIA DO
ARQUIVO MUNICIPAL DE AVEIRO
Em 1790, João Pedro Ribeiro,
membro da Academia Real das Ciências de Lisboa e lente da cadeira de
Diplomática na Universidade de Coimbra, foi encontrar o Arquivo da
Câmara de Aveiro em péssimo estado de conservação.
Na verdade, o cartório
municipal encontrava-se depositado num armário embutido numa das paredes
do edifício da Câmara, «extremamente exposta a todas as injurias do
tempo», de tal modo que os «papéis» e livros antigos que aí se
conservavam, estavam «cheios de mofo, e quase perdidos» (1).
Infelizmente, a situação em
que se encontrava este arquivo não se podia considerar excepcional. Com
efeito, o autor das Observações Históricas e Críticas, após ter
examinado um considerável número de cartórios do Reino, em especial, os
arquivos das câmaras, conventos e colegiadas do Norte de Portugal,
concluía pela «ruína», pelo «estado deplorável» em que os mesmos se
encontravam, e apontava as causas que estavam na origem de tal facto:
– a retirada de documentos
dos respectivos cartórios;
– a utilização de aguadas
para avivar as letras e facilitar momentaneamente a leitura, as quais
provocaram danos irremediáveis aos documentos;
– a conservação dos
documentos, sobretudo os pergaminhos, enrolados ou dobrados;
– a inexistência de
instalações apropriadas para os cartórios, de modo a evitar a humidade e
os incêndios;
– a não encadernação dos
papéis soltos;
– a destruição levada a cabo
por roedores e insectos;
– a falta de inventários
rigorosos;
– a escolha arbitrária das
pessoas responsáveis pela salvaguarda dos arquivos;
– a destruição ou laceração
de documentos, por motivos de interesse particular;
– a ausência de legislação
que protegesse os arquivos e aplicasse sanções a quem, por malícia ou
descuido, danificasse ou deixasse perder os documentos (2).
Estas causas, porém,
mantiveram-se praticamente citadas ao longo de todo o século XIX. E
assim se explica que, em 1899, Marques Gomes, o erudito investigador da
história de Aveiro, registasse «a incúria e o completo abandono» a que
há muito estava condenado o Arquivo Municipal da sua cidade natal.
Passado um século, continua
Marques Gomes, «com relação à parte antiga do archivo municipal, isto do
que já existia quando João Pedro Ribeiro o avistou, apenas há a dizer
que mudou de local e nada mais. Ao certo não se sabe o que contém, não
existe inventário, ou a mais simples indicação dos documentos que n'elle
se guardam».
Em finais do século XVIII ou inícios do
século XIX, um funcionário da câmara, para exarar no verso dos
pergaminhos o sumário do seu conteúdo, submeteu alguns deles «a uma
agoada de galha que os tomou quasi ineligíveis».
/
8 /
Atendendo a que no meio
daquela «babel de papelada velha, em grande parte inutilizada pela acção
do tempo e pouco cuidado dos homens» deviam existir documentos
importantes para a história local, tornava-se urgentíssimo fazer «uma
escolha cuidadosa e prudente», e organizar um índice, a fim de se salvar
«da ruína certa e muito próxima a que estão condenados, os livros das
vereações e mais documentos existentes no archivo anteriores ao século
XVIII» (3).
O apelo de Marques Gomes,
porém, não foi escutado, e o Arquivo Municipal de Aveiro continuou
abandonado, praticamente, até ao momento, sem quaisquer preocupações de
conservação, sujeito assim, ao desgaste do tempo e à depredação dos
homens.
Quando iniciámos o nosso
trabalho, o Arquivo encontrava-se disperso por várias dependências do
edifício reservado à biblioteca municipal e acções culturais, com
excepção dos livros de actas de vereações, que se achavam na secretaria
da Câmara.
Assim, após a reconstituição
do núcleo documental municipal, operado nas instalações da biblioteca,
procedemos à sua inventariação, limitando-a, cronologicamente, por
razões óbvias, em 1945, uma vez que os «papéis» e livros dos últimos
anos, resultantes das actividades da Câmara de Aveiro, foram
considerados como integrando o arquivo vivo.
4. O ARQUIVO MUNICIPAL DE
AVEIRO
O Arquivo Municipal de
Aveiro é constituído por dois núcleos documentais: os pergaminhos e os
livros manuscritos e papéis avulsos.
4.1. PERGAMINHOS
Deste conjunto fazem parte
seis documentos e dois códices.
O documento mais antigo data
do século XIV e treslada duas cartas do rei D. Fernando, respeitantes
aos besteiros.
Seguem-se duas sentenças de
finais do século XV, uma sentença de inícios do século XVI, um treslado
do foral do couto de Arada, do século XVII, e, finalmente, a carta de
elevação de Aveiro a cidade, do século XVIII.
Os dois códices, datados de
1491 e 1511, contêm, respectivamente, o treslado dos privilégios e
doações relativos aos mosteiros de Cucujães e São Salvador da Torre, e o
foral de Esgueira, exemplar pertencente ao concelho do mesmo nome, e
extinto em 1836 (4).
Como se vê, o número de
pergaminhos existentes neste Arquivo é muito baixo, ignorando-se o
destino de muitos outros, que sabemos terem existido por várias
referências. Acontece mesmo que não se sabe do foral original de Aveiro,
concedido em 1515 por D. Manuel.
É provável que alguns
pergaminhos se encontrem ainda nas mãos de particulares, como aconteceu
com o foral de Esgueira, que se encontrava na posse da família do Dr.
Francisco Ferreira Neves e foi agora entregue à Câmara de Aveiro.
Esperamos que outras pessoas
sigam este louvável exemplo, a fim de se recuperarem os documentos que,
no passado, fizeram parte do Arquivo Municipal.
4.2. LIVROS E PAPÉIS
O fundo de papéis
manuscritos é constituído por 1666 espécies documentais e 228 pastas e
maços, contendo cadernos e, sobretudo, documentação avulsa.
Como é habitual, agrupamos
as fontes segundo os temas a que dizem respeito, e por ordem
cronológica.
Também este núcleo se encontra muito
desfalcado de livros manuscritos que dele, naturalmente, fizeram parte.
/ 9 /
Verificamos, por exemplo,
que a colecção das actas, acórdãos e vereações, com excepção do
primeiro livro de 1555–1557 e do livro de 1580, que só agora voltou a
integrar o Arquivo Municipal, e que se encontrava em poder da família do
Doutor Francisco Ferreira Neves (5), se inicia em 1727 e apresenta
numerosas lacunas, ao longo do século XVIII, apenas se encontrando
completa entre 1804–1878 e 1881–1947.
Antes de 1555, e entre
1580–1727, todos os livros de actas da Câmara de Aveiro desapareceram.
Salvou-se porém, o Livro dos Resistos da Câmara da Villa de Aveiro,
que se encontra no Museu de Aveiro, onde se trasladaram, entre 1603 e
1792, os alvarás e cartas régias dirigidas à câmara, assim como outros
diplomas dos séculos XIV, XV, XVI, e que foi integralmente publicado
pelo Dr. António Gomes da Rocha Madahil (6).
Cobrindo fundamentalmente os
séculos XVIII, XIX e XX, neste Arquivo destacam-se algumas colecções,
nomeadamente, os livros das actas, e acórdãos, alfândega e tombos, para
o século XVIII, e os livros da correspondência, eleições e
recenseamentos eleitorais, estiva dos preços (7), legados pios,
recenseamento e recrutamento militares, e testamentos, para os
séculos XIX e XX.
A maioria esmagadora da
documentação diz respeito ao concelho de Aveiro, mas também ao concelho
de Estarreja, e a outros concelhos que desapareceram no século XIX, ou
seja, os concelhos de Eixo, extinto em 1853 e integrado no concelho de
Aveiro, de Esgueira, extinto em 1836 e que passou a fazer parte do
concelho de Aveiro, Óis da Ribeira, extinto em 1836 e integrado no
concelho de Águeda, Paus, extinto em 1855, passando para o concelho de
Albergaria-a-Velha, e Vilarinho do Bairro, extinto em 1855, e hoje
pertencente ao concelho de Anadia.
Sem qualquer relação com
Aveiro e a sua região, encontramos ainda livros respeitantes à Ordem de
S. Bento, e às dioceses de Coimbra e Lisboa, um relatório do distrito de
Leiria e, finalmente, um c6dice descrevendo a capitania de Minas Gerais,
do Brasil, nos finais do século XVIII.
Na indicação dos títulos das
espécies documentais optamos pela actualização da ortografia, sem
qualquer preocupação de rigor paleográfico, uma vez que este inventário
pretende apenas dar a conhecer as fontes existentes no Arquivo Municipal
de Aveiro.
É natural que este trabalho
se ressinta de algumas lacunas ou deficiências. Oxalá, em breve, umas e
outras sejam apontadas, dando–nos, assim, a certeza de que este
inventário constitui um instrumento útil de trabalho, e de que o Arquivo
Municipal de Aveiro, núcleo documental imprescindível para o
conhecimento da história de Aveiro e da sua região, nos últimos séculos,
passe a ser consultado por historiadores e estudiosos.
Fernando de Sousa
PERGAMINHOS (8)
Rubricas
N.º de espécies documentais
Alvarás
…………………………………… 1
Forais
…………………………………… 2
Sentenças
……………………………… 3
Treslados
………………………………. 2
TOTAL . . . . . . . . .
. 8
/
10 /
LIVROS E PAPEIS
Rubricas – N.º de espécies
documentais – N.º de pasta
Açougues e talhos 2
–
Actas, acórdãos e
vereações 41
Administração concelhia
– 2
Alfândega
110 –
Alvarás e diplomas
concelhios 6 1
Armas 1
–
Arrematações 14
–
Arrozais 1
–
Associações religiosas
– 1
Avenças 2
–
Barra de Aveiro 2
–
Bens cultuais 1 1
Bens municipais 3
–
Cadastro 2
–
Calçadas 1
–
Celeiro municipal 2
–
Certidões
3 –
Cocheiros e
baleeiros 4 –
Comissão executiva 2
–
Comissões paroquiais
1 –
Compêndios didácticos
5 –
Concursos – 1
Condenações 3
–
Confrarias e irmandades 6
–
Côngruas 54
–
Conselho do Distrito 1
–
Conselho Municipal
1
Contabilidades
particulares 2
–
Contas municipais 250
–
Contratos 1
–
Correições
4 –
Correspondência 251
11 6
Coudelarias 3
–
Décima
–
Demografia 2 1
Descrições Geográficas 1
–
Diocese de Coimbra 1
–
Domicílio político 1
–
Eleições – comissão de
recenseamento 11 –
Eleições–deputados
169 –
Eleições–juízes de
paz 28 –
Eleições – junta de paróquia
e juiz eleito 111
–
Eleições–municípios 3
–
Eleições – procuradores à
Junta Distrital 8
–
Eleições–recenseamentos
34 2
Eleições – recenseamento da
junta de freguesia 13
–
Embarcações 16
–
Emolumentos 1
–
Ensino 8 1
Execuções fiscais 1
–
Expostos
6 1
/
11 /
Rubricas – N.º de espécies
documentais – N.º de pastas
Expropriações 5 2
Feiras 1
–
Fianças e abonações
20 –
Fintas 1
–
Foros 1
–
Funcionários
públicos 14 –
Impostos municipais 1
3
Indústrias 8 1
Inquérito 1
–
Junta Geral do Distrito de
Leiria 1 –
Juntas de paróquia
1 1
Jurados 10
–
Juros 1
–
Legados pios 10
55
Legislação 1
–
Licenças
2 1
Melhoramentos
rurais – 1
Mercados
4 1
Minas 4
–
Misericórdia 1
–
Naturalização 1
–
Obras municipais 3
–
Obrigações municipais
5 –
Ordenanças 4
–
Ordens religiosas 3
–
Órfãos 2
–
Passaportes 15
–
Pescadores 2
–
Polícia" 5 1
Posturas – 1
–
Preços 10
–
Processos judiciais
1 1
Procuradoria Régia da
comarca 4 –
Projectos e plantas
– 1
Recenseamento e recrutamento
militar 102 23
Reclamações e
transgressões 1 –
Regedores 1
–
Registo Civil 17
–
Registo Geral 12
–
Requerimentos 13
–
Sé Catedral 1
–
Serviços de Saúde 1
–
Sisas 8
–
Solípedes
– 1
Terrenos 1
–
Testamentos 110
8
Tombos 26
–
Trens 1
–
Turismo 3
–
Vacinação
4 –
Vendedores ambulantes 1
–
Viaturas 1
–
Vinhos e carnes verdes
22 –
TOTAL
1666 228
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