CONSELHO DO DISTRITO – SESSÃO ORDINÁRIA DO MÊS DE MARÇO
Sob a presidência do Sr. Engenheiro
José Gamelas Júnior, realizou-se, no passado dia 15 de Março, a
sessão ordinária do Conselho do Distrito, para discussão e votação
do relatório da gerência referente ao ano de 1972.
Aquele importante documento foi
aprovado por unanimidade.
Conforme consta do aludido
relatório, ascendeu a 6 792 839$10 a receita arrecadada em 1972, a
qual adicionada ao saldo que transitou da gerência de 1971, perfaz a
importância de 8751 602$00.
Foi de 8 364 264$10 a despesa total
correspondente ao ano de 1972, sendo assim o saldo para o ano em
curso de 387 338$30.
De entre a despesa acusada
destaca-se a de 2367 680$10, respeitante à despesa extraordinária,
que integralmente diz respeito à construção do Internato Distrital
de Aveiro.
Da análise sumária daquele
importante documento verifica-se que aos Serviços Técnicos de
Fomento e ao novo Internato foi dedicada especial atenção, em vista
da importância de tão prestantes sectores que dirigem a respectiva
actividade a todo o Distrito.
SERVIÇOS TÉCNICOS DE FOMENTO
Em vista do número de pedidos de
estudos e projectos das Câmaras Municipais ter sofrido considerável
aumento foi necessário ampliar o quadro do pessoal, o qual, dado que
se mantém cada vez em maior intensidade o interesse das Câmaras
Municipais, continua a ser alargado, a fim de se possibilitara
rápida concretização dos cometimentos que a este importante sector
incumbe levar a cabo.
Atingiu 1 152 179$00 a despesa
respeitante à manutenção dos Serviços Técnicos de Fomento, ou seja,
mais 224 715$00 do que no ano de 1971.
INTERNATO DISTRITAL
Concretizada a instalação nos novos
edifícios, procurou a Junta Distrital transformar ou mesmo reformar
a vida do Internato, através de medidas e de fórmulas de actuação
susceptíveis de promover a educação e valorização do rapaz dentro de
um ambiente de liberdade e de responsabilidade.
Para tanto, havia necessidade de
Planificar dentro de parâmetros realistas, para uma consequente
mancha sobre caminhos que oferecessem a maior garantia de êxito
possível. E foi dentro deste pensamento que se resolveu visitar
obras similares existentes no País, essencialmente para
esclarecimento de ideias, colheita de elementos e confronto de
actuação.
Colhidos os elementos em cada uma
das instituições visitadas e seleccionados aqueles que se afiguraram
mais apropriados ao nosso caso, definiram-se critérios de actuação e
procurou-se pô-los em prática logo de seguida. Era o começo da
reestruturação do Internato; tarefa difícil, sem dúvida, mas também
tão aliciante junto de 140 ou 150 rapazes, tantos sãos os que vivem
no Internato.
As medidas adoptadas dirigiram-se à
revisão do regime alimentar, procurando-se um maior equilíbrio das
refeições com vista à saúde e crescimento dos rapazes, quando não
mesmo à sua recuperação.
Submeterem-se, quase na totalidade,
os rapazes a inspecções médicas, quer em clínica geral, quer em
clínica especializada, tendo-se detectado imensos casos de carências
vitamínicas, de anemia e de debilidade física, o que obrigou à
realização de análises, radiografias e algumas intervenções
cirúrgicas. Para estes casos, bem como para todos os outros
considerados normais numa casa desta natureza, houve necessidade de
se ir montando um aparelho que pudesse de alguma forma dar-lhes
conveniente tratamento.
Por outro lado, realizaram-se ainda
dois campos de férias na Barra, de três semanas cada, para todos os
rapazes.
Outras medidas consideradas
aconselháveis e urgentes foram também adoptadas, procurando-se dotar
o Internato dos meios indispensáveis à realização dos respectivos
fins.
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As Casas da Criança de Águeda, Albergaria-a-Velha e Mealhada
continuaram a dispor dos meios necessários à prossecução dos
respectivos fins.
O encargo derivante das atribúições
de assistência atingiu 2 211 883$80, ou seja mais 526 118$10 do que
no ano anterior.
CULTURA
Também no capítulo da cultura
continuou a Junta Distrital a publicar a Revista «Aveiro e o seu
Distrito», tendo sido objecto de profundo estudo a concretização de
outros cometimentos de manifesto interesse no âmbito das atribuições
de cultura.
FUNCIONALISMO
Assumiu as funções de engenheiro de
1.ª classe dos Serviços Técnicos de Fomento, o Sr. Eng.º Lauro
Amando Ferreira Marques, que anteriormente exerceu o cargo de
engenheiro-director do Porto da Figueira da Foz.
O Sr. Arquitecto Manuel José
Baptista Vieira de Melo tomou posse do lugar de Arquitecto da 1.ª
classe dos mesmos Serviços. Também o Sr. Arquitecto António José
Resende Fernandes Matias assumiu as funções de Arquitecto de 1.ª
classe, no lugar recentemente criado.
O desenhador de 1.ª classe, Sr.
Fernando Luís de Carvalho Torres de Paiva Dias, ao serviço nesta
Junta Distrital desde 1965, foi provido, com precedência de concurso
de provas práticas, no lugar recentemente criado de
desenhador-chefe.
As Senhoras D. Maria da Assunção
Coelho Fortes e D. Rosa Maria de Pinho Vieira Pires foram
recentemente nomeadas 2.º oficial da Secretaria desta Junta
Distrital, nos dois lugares agora criados.
A Senhora D. Cecília de Lurdes
Vieira da Rocha, escriturária-dactilógrafa de 1.ª classe, obteve uma
das melhores classificações no concurso de ingresso no Quadro Geral
Administrativo, devendo ser provida numa das vagas de
terceiro-oficial.
Também no concurso de promoção a
escriturário-dactilógrafo de 1.ª classe, obtiveram aprovação os três
concorrentes, já funcionários desta Junta Distrital.
A Senhora D. Maria Camila Duarte
Lumiar Ramos, directora do Arquivo Distrital, acaba de ser nomeada
terceiro-conservador da Universidade do Porto. |