Aveiro e o seu
distrito constituem, no todo nacional, uma zona privilegiada, quer
pelas qualidades da sua gente, quer pela sua paisagem, quer pela
riqueza da sua economia.
As estatísticas
do que já temos colocam o distrito de Aveiro entre os que mais
contam para o desenvolvimento do País.
Mas o que mais
surpreende, o que mais entusiasmo, o que mais estudo merece são as
possibilidades ainda inexploradas que o nosso distrito apresenta.
Pela primeira
vez, a «Lei de Meios» acaba de reconhecer, oficialmente, a
necessidade do planeamento regional, prevendo verbas para os
primeiros passos da sua realização. É certo que o fim principal em
vista é a promoção das regiões menos desenvolvidas, para atenuar
os graves desequilíbrios territoriais da nossa vida
económico-social.
Se tal
objectivo é justo e se impõe, não faltam, contudo, outros
imperativos que exigem, também, o planeamento de regiões mais
desenvolvidas, como o distrito de Aveiro.
O País tem
necessidade de atingir, quanto antes, a média do nível de vida do
continente europeu. Para tal, urge dar prioridade aos
investimentos de maior e mais rápida rentabilidade. Ora o distrito
de Aveiro tem todas as condições para multiplicar, com rapidez, os
investimentos que nele se venham a fazer com são critério, podendo
contribuir, substancialmente, para o aumento acelerado do
rendimento nacional.
Nesta simples
nota de abertura, queremos dar dois exemplos.
Na costa
continental europeia, a nossa ria é a única região que o País tem
com condições naturais para nela fazer um grande porto que possa
servir o centro e o norte, juntamente com Leixões, que é de
aproveitamento muito dispendioso, de capacidade muito limitada e
de funcionamento deficientíssimo em boa parte do ano. Como segundo
exemplo, transcrevemos a seguinte frase dum artigo de Daniel
Constant que publicamos neste número: «o turismo «em grande», o
turismo «potência», capaz de fazer de Aveiro o seu termo o mais
espectacular e a mais prestigiosa zona turística de toda a
pienínsula».