Aproveitando a já velha tradição dos republicanos de comemorarem
esta e outras datas que os remetem para temáticas como a República
ou a Liberdade, Costa e Melo escreve este artigo no dia 31.01.1998,
lembrando, mais uma vez, essa data. Ele recorda que no tempo da
censura, os opositores democratas tinham necessidade de aproveitar
as ocasiões em que o pretexto comemorativo dessas datas festivas
lhes davam para poderem reunir, o que era proibido pelo regime.
Essas datas eram, para além
do 31 de Janeiro (símbolo de uma revolta republicana), o 16 de Maio
(“dia de luto pela repressão cruenta de lutadores pela Liberdade”) e
o 5 de Outubro (“comemoração do fim da Dinastia dos Braganças e da
Implantação da República”). De todas elas, Costa e Melo diz que a
mais significativa para os Aveirenses era a de 16 de Maio, “…mas a
de 31 de Janeiro também servia, à maravilha, para nos manifestarmos
contra a Ditadura do chamado “Estado Novo” que não conseguia deixar
de ser velho…”.
|