Síntese - Neste artigo,
Costa e Melo tece considerações e levanta algumas críticas sobre o
julgamento em curso do assassinato de Humberto Delgado. Em
2008, o Porto homenageou o "General sem Medo", na comemoração do 50º
aniversário do grande comício que aí tinha feito, tendo, ainda, o
seu neto procedido ao lançamento do livro : Humberto Delgado -
biografia do general sem medo. A esse propósito, o Diário de
Notícias publicou um artigo, onde se pode ler: |
“A brigada PIDE, que em 1965 assassinou o general Delgado na zona de
Badajoz (Espanha), já levava consigo "ácido sulfúrico e cal" para
precipitar a decomposição do cadáver, disse Santos Silva. O autor da
biografia não confirma a presença de ácido sulfúrico, mas está
provada a existência de cal. O relatório da autópsia, que as
autoridades espanholas elaboraram, demonstra, sublinha Delgado Rosa,
que o seu avô morreu na sequência de um "espancamento selvático".
Mas esse facto "não convinha aos juízes do Tribunal de Santa Clara",
Lisboa, que, em 1978, julgaram os elementos da polícia política,
autores da cilada na zona de Badajoz.
O tribunal, que recusou o relatório das
autoridades
espanholas e a realização de uma nova autópsia, "fabricou uma
mentira estrondosa", acusa o biógrafo do General sem Medo. "A morte
a tiro fez do autor material o único bode expiatório, os restantes
elementos foram assim ilibados." Os juízes defenderam a tese de que
"a brigada da PIDE não foi para matar, mas para prender o general".
IN:
Diário de Notícias de 15 – 05 - 2008
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