À semelhança do que sucede com as marés, também no futebol se regista
fluxo e refluxo de jogadores.
Em tal vaivém, quem é que lucra e quem é que perde? O problema afigura-se-nos continuar irresolúvel. Há opiniões as mais
contraditórias ― eis tudo...
Se não deixaria de ser
interessante enumerar, pura e simplesmente, quantos jogadores de outras
regiões actuam no Distrito, curioso
também se nos antolha dar
conta dos futebolistas oriundos do distrito que noutras regiões actuam...
Pela sua profundidade, o futebol aveirense há visto
com frequência contestar-se-lhe uma real valia de ordem técnica.
Até há pouco ― a «exportação» foi possivelmente mais volumosa do que a
«importação» e o fulgor das equipas erradia por obra e graça das
melhores «pedras». Mas vejamos alguns jogadores do Distrito que na
época de 1948-49 alinharam por vezes em algumas grandes equipas
nacionais: Capela, na Associação Académica; Pereira, no Estoril; Victor Batista e
Cadete, no Benfica; Vieira, Correia Dias, Sanfins e
Romão, no F. C. Porto; Noronha, no Sporting da Covilhã.
Prestes a dealbar uma
nova época, várias mutações se anunciam. Quem lucra com elas? Quem com
elas perde? Os que levam «esperanças ou os que oferecem
«pedras» já facetadas?
A questão transcende as páginas deste "Almanaque". Os leitores que se interroguem
― e que respondam... |