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Por JOSÉ TEIXEIRA JÚNIOR

 

A mulher é como a flor nas suas três fases principais: desabrochar, plenitude e desfolhar.

Na primeira fase – Ela é aurora boreal: promessa deliciosa; cálice de puro cristal cheio do precioso e perfumado néctar; sonho veludíneo; estrela cintilante; noite de luar; sorriso perfumado; arroio murmurante; verso romântico; parábola sublime. Um ideal, um sonho, uma quimera – é a Noiva.

 

Na segunda fase – Ela é a realidade esplendorosa; poema de glória escrito em folhas de oiro; ora fogacho a crepitar; ora rio cantante; ou oceano portentoso e cheio de mistério; um grito; uma vontade; uma decisão. É a obra perfeita e completa, pujante e radiosa da Natureza. Uma cornucópia de carícias como pérolas, de fascinações como diamantes, de langores de turquesas e de exaltações de rubis. Um raio de luz; uma partícula de sol – é a Esposa e Mãe.

 

Na terceira fase – é a saudade; a recordação do que foi – um livro de memórias; é lírio branco pendente; candeia indecisa e fatigada; um crepúsculo outonal, folha caída; flor tombada; um sonho desfeito; uma glória escrita e esquecida. Mas é também a realidade duplamente vigorosa e romântica na criação dos filhos e na adoração dos netos; na perpetuação da vida, da beleza e da glória. É uma prece; uma oração; um rosário – é avó – duas vezes mãe – duas vezes gloriosa.

 

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