Uma das características
do povo açoriano, para além da arte de bem receber quem o visita, é
o seu espírito religioso. O isolamento no meio do Atlântico, os
perigos permanentes pelas condições geológicas das ilhas e pelos
riscos corridos no mar deverão ter acentuado a sua religiosidade,
que se manifesta de diversas formas. As festas ao Divino Espírito
Santo, trazidas do continente pelos primeiros povoadores, são comuns
praticamente em todas as ilhas.
O grupo de Aveiro que
visitou os Açores em Maio, num curto período de 10 dias, teve a
oportunidade de participar e ficar a conhecer as várias facetas das
festas do Espírito Santo, tais como: a coroação do Imperador e da
Imperatriz; a exposição das respectivas insígnias, a coroa e o
ceptro; o cortejo do Imperador e da Imperatriz com o seu séquito; as
manifestações profano-religiosas, à noite, junto dos Impérios; o
almoço em que todos os convidados se reúnem à mesma mesa ou em
muitas, por exemplo, num amplo espaço de um ginásio, como pudemos verificar em São Roque do Pico. Numa das ilhas que
percorremos – São Jorge –, ao passarmos por uma destas manifestações, fomos
convidados a provar das diferentes iguarias distribuídas a todos os
convidados e amigos.
Neste documento
acerca dos Açores, tivemos a oportunidade de estar em cinco
eventos distintos: uma vez em Angra do Heroísmo, na
ilha Terceira, e no lugar do Outeiro, na ilha de São Jorge;
três vezes na ilha do Pico, numa das quais com missa e
coroação dos mordomos, seguido do cortejo processional até ao local onde
todos almoçámos.
|