na rua de fora
d’onde tudo partiu
acalmo as minhas
ânsias
cansaços e
desencantos
na rua de fora
d’onde tudo partiu
mais uma vez
sinto o pulsar da
grande planície
o meu chão
na rua de fora
d’onde tudo partiu
não podendo deixar
de esconjurar os
trânsfugas e os “chibos”
afago a memória
na rua de fora
d’onde tudo partiu
vendo no silencio
arderem na lareira
os tanganhos de azinho
sinto-me protegido
na solidão aparente
na rua de fora
d’onde tudo partiu
Luís Jordão
Mourão, Dez./2008 |