Reflexões em hora de despedida |
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Terminou no dia 30
de Junho, o ano do Governador CL Luís Ventura. Não é assim que ele
gosta de ser chamado, mas é deste modo que cada um de nós geralmente
o trata.
Esteve um ano à
frente do Distrito Centro/Norte. Foi um Companheiro que plenamente
se disponibilizou, para prestar mais um serviço com um pouco mais de
responsabilidade e compromisso.
Devo confessar que,
também eu, sua Companheira de há cinquenta anos, senti neste
chamamento um maior peso de responsabilidade na Instituição Lions,
como se ele me tivesse sido igualmente dirigido.
Julgo que, sem falsa
modéstia, consegui ser a companheira discreta, mas sempre presente,
como é desejável nestas circunstâncias, na esforçada caminhada de um
ano de serviço lionístico.
Ao longo destes
meses de acompanhamento diário do Governador, quem está tão perto
vive e sente as suas angústias como sendo suas. Apaixonadamente,
dedica-se à missão que a ele foi confiada, como se dela fosse.
Cada companheiro,
cada Clube, transmite uma experiência e garante uma aprendizagem.
Na memória vão ficar
exemplos de coragem, abnegação, disponibilidade, compromisso,
solidariedade. |
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E porque, neste
momento, o balanço é inevitável, e apenas deve recordar-se o que se
viveu de agradável, para que isso nos fortaleça, e se esqueça o que
de menos bom nos tocou, porque o ser humano não é perfeito, e o
perdão faz parte do nosso Código de Ética, fica um saldo de
enriquecimento pessoal, único e singular.
No início deste meu
escrito, referi o dia 30 de Junho como fecho do ano lionístico
2006/2007. Vou tomá-lo como paradigma, porque está mais perto no
tempo e, por uma coincidência particular, porque nos enche o
coração.
Acontece que o
aniversário do Lions Clube da Covilhã se comemorou nesse dia 30 de
Junho.
Ora, a Covilhã
exerce em nós um fascínio especial, por razões pessoais; mas a
simpatia com que sempre acolheram o companheiro Luís Ventura e a sua
mulher, vai muito para além de ser ou não o Governador do Distrito
Centro/Norte.
Todos os
Companheiros daquele Clube interiorizam o espírito da solidariedade
e da amizade, materializando-o com elevado sentido humanitário, na
sua preocupação com o bem estar da comunidade, organizando rastreios
de prevenção da saúde ou recolha de dádivas de sangue e valorizando
igualmente o enriquecimento cultural e cívico com palestras e
colóquios.
O Presidente eleito
para 2007/2008 é um companheiro amigo, em repetição de Presidência,
e as suas palavras transmitiram um sentimento de dedicação e vontade
de Servir exemplares.
Do CL Fernando
Maurício, certa que estou da sua permissão, transcrevo algumas
palavras com que nos brindou, na cerimónia de transmissão de
funções, porque sintetizam as nossas preocupações: |
«SERVIR DEVERÁ SER,
POR SI SÓ, RAZÃO SOBEJA PARA NOS FAZER DESPERTAR PARA AQUILO QUE DE
MAIS NOBRE PODE ENVOLVER A ALMA HUMANA.
SERVIR DEVERÁ SER
PARA NÓS MOTIVO DE ORGULHO, PORQUE SERÁ UMA FORMA DE SENTIRMOS O
PRÓXIMO, DE AMAR O PRÓXIMO, DE NOS ENGRANDECERMOS A NÓS PRÓPRIOS.
SERVIR PRESSUPÕE
VONTADE. ANTES DE MAIS, SIGNIFICA DISPONIBILIDADE E SACRIFÍCIO.
QUANDO SERVIR É TIDO
COMO UM COMPROMISSO COM OS OUTROS E ASSUMIDO SEM ALARDE, SEM
VAIDADE, COMO UM GESTO PERFEITAMENTE NATURAL, COMPENSA-NOS COM
SATISFAÇÃO ÍNTIMA; COMO UMA ESPÉCIE DE PAZ INTERIOR. E, PORQUE
ASSIM É, CREIO QUE NENHUM DE NÓS REGATEARÁ ESFORÇOS NO SENTIDO DE
ATINGIRMOS ESSE IDEAL QUE NOS PROPUSEMOS.
CREIO QUE TODOS
ESTAMOS PRONTOS PARA FAZER MAIS E MELHOR.» |
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