Encontrar uma
definição precisa para o tema da “Paz” é, na nossa opinião, uma
tarefa ingrata tantas têm sido as vertentes que o conceito tem tido,
sendo usado e interpretado de maneiras tão diferentes que, por vezes
nos sentimos confusos, tristes e pensativos.
A violência aparece
como um problema ligado tanto à educação quanto à cultura e tem sido
questionado na sua essência, nas suas causas e manifestações. Não
pretendemos aqui debater as inquietudes que os fenómenos ligados à
violência, a todos os níveis, nos obrigam a ter como sejam a
liberdade, a autoridade, o poder, a força, a crise da educação e da
cultura. É assim que este fenómeno é, na maior parte das vezes,
tomado como motor para o desenvolvimento de uma Cultura e Educação
para a Paz.
Procurar contribuir
para essa cultura da paz é obrigação de todo o ser humano, embora
esse nem sempre seja um caminho fácil de percorrer pois é feito de
renúncias e de fidelidade a um ideal que nos faz seguir em frente.
A pacificação exige
uma vigilância e uma atenção à Paz que se procura e uma renúncia a
tudo aquilo que nos distrai dela. A Paz tem uma estreita relação com
os sentimentos, com o tipo de vida que se leva; se os nossos actos
são de solidariedade e de caridade produzem Paz pois as virtudes, os
valores e o respeito pela vida são pacificadores. Quem ama o próximo
e consegue o seu equilíbrio interior, a sua paz e age em função
desses valores então celebra em todos os seus actos a Paz. Esta tem
explicação no próprio homem, nas suas acções, no seu compromisso, na
sua atitude nas suas renúncias – no seu compromisso com a Paz.
Consciente deste
compromisso, o Lions Clube Internacional tem privilegiado sempre
este tema, através de várias iniciativas, de que se salienta o
Concurso do Cartaz da Paz, como motor de desenvolvimento de uma
cultura de Paz junto de crianças ou jovens, futuro dum País. Ao
mesmo tempo, será possível difundir junto da comunidade esta
mensagem, pois nunca é demais lembrar que a paz entre os homens é
sempre possível – basta querermos - e que, se a queremos, temos de
nos implicar nela, na sua procura, na sua celebração, numa atitude
contínua e persistente, na busca da paz perfeita. Não é uma tarefa
livre de dificuldades, tem de ser cultivada, assumida interiormente,
assente no compromisso ético e espiritual de uma vida que pensa
também no outro, silenciosa e plena de renúncias – numa busca da
felicidade.
O tema deste ano é o
mais simples que se pode admitir, mas é ao mesmo tempo o que mais
nos pode tocar — “Comemore a Paz”, mensagem que deve estar sempre
presente no nosso percurso de vida. É por isso que entendemos que
deve ser posto todo o empenho na divulgação deste concurso junto da
comunidade tornando-a parte integrante da actividade cultural da
área do Clube, através de protocolo com a respectiva Divisão da
Cultura.
A todos os Clubes
que assumiram este compromisso, as nossas felicitações.
CL Maria da Conceição Andrade |