De:
Raul
Mesquita - Canadá
Data: 13/04/2007 18:45
Assunto: Um cucodefeituoso
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Na noite passada, fui convidado para um
jantar com "A MALTA DOS VELHOS TEMPOS". Jurei à minha mulher que
estaria de volta pela meia-noite. Como ela não acreditou, eu
soltei um:
–– Eu prometo!
Mas as horas passaram depressa. O sangue já escasseava no meio
do álcool e depressa fiquei com a focagem meio às voltas... Por
volta das três da manhã, bêbado que nem um cacho, fui para casa.
Mal entrei e fechei a porta, o cuco no hall disparou e
"cantou" 3 vezes. Rapidamente, percebendo que a minha mulher
podia acordar, eu fiz "cu-cu" mais 9 vezes. E fiquei
realmente orgulhoso de mim mesmo por ter tido uma ideia tão
brilhante e rápida, mesmo com uma bebedeira de caixão à cova,
evitando assim um possível conflito com ela.
Na manhã seguinte, a minha mulher perguntou-me a que horas é que
eu tinha chegado e eu disse-lhe que tinha sido por volta da
meia-noite. Ela não pareceu nem um pouquinho desconfiada. Ufa!
Desta parece que consegui safar-me!
Ela, muito calma e com ar trocista:
– Amor! Parece-me que estamos a precisar de um cuco novo...
Interrompi-a, não a deixando continuar:
– Mas... Porquê um cuco novo? Este já não
presta?
– Bom, esta noite o nosso relógio fez "cu-cu" três vezes. E logo
depois disse em alto e bom som: «Jaasssssetou fodido!». Fez "cu-cu"
mais quatro vezes, resmungou, arrotou, cantou "cu-cu" mais três
vezes e peidou-se, mandando uma valente gargalhada. E depois
voltou a cantar mais duas vezes. E não satisfeito com isso,
bateu depois com os cornos na porta do corredor, que deixei
entreaberta, e mandou um «puta que pariu». Entrou no quarto,
tropeçou no gato, disse «merda!». E só se deitou depois de
ter caído redondamente no chão por duas vezes enquanto se despia...
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