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Prólogo
Portugal
foi um País
Invejado
no estrangeiro,
Onde o
Povo era feliz
E vivia
sem dinheiro.
Foi
glorioso o passado,
Nos
tempos pré-abrilinos,
Segundo
nos foi contado,
Quando
éramos meninos.
Durante
quase um milénio,
O País
foi governado,
Por
eficaz Tri-Convénio:
Igreja-Dinheiro-Estado.
Porém os
anos setenta
Viram,
com espanto, nascer
Uma
classe violenta,
Que
dominou o Poder.
Eram
Servidores do Estado
E,
também, das Autarquias,
Que,
tendo-se conluiado,
Cometeram Heresias.
Heresias
1ª Foi
decidido
Um
incremento brutal,
Do
que era um reduzido
Quadro de Pessoal.
2ª
Os
Ordenados,
Em
escudos e tostões,
Foram todos cambiados,
Para
euros, aos milhões.
3ª
A
Carga Horária
de
Trabalho Semanal,
Como
era irrisória,
Teve
aumento bestial.
4ª
Subiu o
Desconto
Da
Assistência Social,
Mas
não se aumentou um ponto,
No
pagamento estatal.
5ª
Antigos
dois meses
Das Férias e do Natal
São
recebidos, às vezes,
Mas
em prestação mensal.
6ª
Reformas futuras
Terão o prazo aumentado,
Penalizações mais duras
E
com dinheiro minguado.
Economia,
Porém,
Não só, mas também,
Todavia
Após
tanta mordomia,
Esta
Classe malvada
Lixou a
Economia,
De forma
premeditada.
Construiu as
Auto-estradas
E
financiou
Banqueiros,
Fez
SWAPS,
às carradas,
Abateu
Barcos Pesqueiros.
Destruiu a
Agricultura.
A
Saúde?,
sem tostão.
Mais: deu cabo da
Cultura,
Emprego
e
Educação.
Na
Alemanha, são comprados
Submarinos
para a Armada,
Com
torpedos
artilhados,
Que não
servem para nada.
Aposentados, Pensionistas
e
Outros Artistas
Numa
data assaz recente,
À Classe
anti-possidónia,
Associou-se outra gente,
Ela,
também, pouco idónea.
Reformados, Pensionistas,
Sanguessugas dos privados,
Refinados consumistas,
Com
proventos elevados.
Regresso ao Passado
Esta
escumalha nojenta
Tem que
largar o Poder.
A Pátria
não aguenta,
Basta de
tanto sofrer!
É
esgalhá-los, fiscalmente!
Reduzir-lhes as Pensões!
E
tirar-lhes, totalmente,
Direitos
e Dotações!
Para tal
acontecer,
Que
volte o Triunvirato,
Para
assumir o Poder.
Hoje!
Já! De imediato!
Voltaremos a viver,
Na
pobreza e bem estar,
E
Portugal volta a ser
Um
Paraíso sem par!
Às armas
Combatamos, sem temores,
Pensionistas-salafrários,
Reformados-estupores,
Vigaristas-funcionários!
Eia
avante, Portugueses
(E
Portuguesas, também,)
Contra
Públicos soezes,
Que
roubam a Pátria Mãe!
Medidas Avulsas
●
Privatização total,
Não
aos Serviços do Estado.
●
Tribunal Constitucional,
Escolhido e nomeado.
● A
Constituição suspensa,
Até
ao ano que vem.
●
Assistência na doença?
Não
há nada pra ninguém!
04.01.2014
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