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São estórias já contadas,
Referentes ao Natal.
Estão ambas abandalhadas,
Com conteúdo imoral.
O Menino Matricida
Era um Presépio antigo
E de grandes dimensões,
Que pertencia à família,
Há já várias gerações.
Montado, só em Dezembro,
Sempre no mesmo lugar,
Ocupava um canto todo,
Lá na sala de jantar.
Nesse ano de má memória,
De muita chuva e friagem,
A dona da casa viu
Que faltava uma imagem.
E logo Nossa Senhora,
Personagem principal.
(Se não tivesse existido,
Não haveria Natal!).
Ao procurar, nos caixotes,
Encontrou uma cartinha,
Lá no fundo, mas visível,
Bem dobrada e fechadinha.
Tendo aberto o envelope,
Logo ficou a saber
Onde é que a Virgem Maria
Lhe Iria aparecer.
Ao Menino de Belém
Era a carta endereçada
E continha uma ameaça,
Que a seguir será contada.
"Ó meu Menino Jesus,
Se não me deres, no Natal,
Um novo computador,
Um "Tablet" digital,
Um "Ipod" e chocolates,
Uma consola, também,
Vais parar ao Orfanato,
Nunca mais vês tua mãe.
Como tenho mais irmãos,
Que te põem sapatinho,
Não te enganes tu, ó meu,
Sou o Terrível Zezinho".
Conclusão em "up grade"
Esta nova geração,
Da era do Digital,
Bifaria as renas todas,
Ao cota do Pai Natal.
02.12.2013
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