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Vouga
Corres Vouga, docemente,
Demandando sempre o mar,
Não te lembras de quem sente
Saudades do teu cantar.
Pelas noites de luar,
Tuas águas prateadas,
Em caprichoso ondular,
Fazem-nos lembrar bragais
Tecidos por mãos de fadas.
No tear dos salgueirais.
Mas porque corres tão lesto,
Sempre à procura do mar?
Espera um momento que seja,
Não tenhas pressa em chegar.
Música de José Queirós
1955 |