«A prova ― esclarecia diário
nortenho ― que estava despertando mais interesse, por ser inter-clubes e por obrigar a
defrontar a tripulação do
Fluvial com a do
Clube Mário Duarte, de Aveiro, tinha por prémio a Taça «António da
Fonseca».
Os aveirenses alinharam ao sul,
apresentando: António Luz (1),
Francisco Duarte (2), Carlos Júlio Duarte (3), Mário Duarte (Filho) (4)
e Domingos Vicente Ferreira (timoneiro).
Ao norte, remou o Fluvial: António Caetano (1), Eduardo Pires (2), João
F. Silva (3), António Pinto da Silva (4) e José Monteiro (timoneiro).
O hebdomadário portuense «Sporting». descreve-nos por seu turno a
regata: «O Clube Mário Duarte venceu por uns três comprimentos. A equipa
do Fluvial teve uma saída magnífica, colocando-se à frente do
adversário, mas ― não soube manter essa vantagem e, a meio do percurso,
a tripulação aveirense passou-lhe à frente, vencendo com facilidade.»
O diário portuense a que atrás
aludimos traça também o seguinte comentário: «A tripulação do C. Mário Duarte
― que vimos pela primeira vez ― apresenta conjunto apreciável para
uma categoria de juniores. Composta por homens dotados de belos
recursos físicos, tem já certo estilo ― uma remada característica, larga
e certa,
sem precipitações. Deixou-nos boa impressão.»
Agora, deixem que escrevamos
nós: A equipa do C. Mário Duarte, constituída por atletas magnificamente constituídos e adoptando já a
remada ampla, larga, era na
verdade uma valorosa tripulação. Não foi mais longe porque as
despesas, as consideráveis despesas que a modalidade acarreta,
eram todas pagas por Mário Duarte (Pai) ou por sua Esposa, a
Baronesa da Recosta, e os remadores, além disso, só em férias podiam
treinar!
As grandes dificuldades de
sempre, que por via de regra impedem o aproveitamento das melhores
possibilidades.
Preparada durante mais largo período, é lícito supor que a bela tripulação do C.
Mário Duarte bateria de longe todas as equipas portuguesas do seu tempo. |
Figueira da Foz em plena animação turística e desportiva!
Num dos hotéis da cidade foi servido um banquete aos remadores concorrentes às provas, mais uma vez
ganhas pelos valorosos rapazes dos «Galitos».
À sobremesa «apareceu» um delicioso creme de
que todos gostaram.
Um dos remadores, marnoto de profissão, não se contém e larga esta:
― Comi disto num alguidar e
com uma pá da marinha! |