Em 1829, as tripulações das famosas universidades de Oxford e Cambridge mediram pela
vez primeira suas
forças no histórico Tamisa.
No País, efectuaram-se em Paço de Arcos, corria 1852, regatas de remo. O remo
foi, portanto, dos primeiros, talvez o primeiro desporto a ser praticado
em Portugal!
A chamada Convenção, que tinha por fim
«...auxiliar o desenvolvimento
do remo português, organizando a defesa dos seus interesses gerais...»,
data de 1904 e a actual
Federação de 1920.
Em Aveiro, a primeira grande regata só viria a efectuar-se em 1894. No
ano seguinte, na Costa Nova, disputaram-se provas de remo. O Ginásio
Aveirense, que era o primitivo organizador, houve que desistir. O caso
levantou celeuma e um articulista ilhavense escreveu: «Então numa terra
da beira-mar, um Ginásio com cerca de cem sócios não tem entre eles uma
dúzia que saiba pegar num remo? Para que diabo gastaram então boa
mão-cheia de libras na compra dos barcos?...»
Até 1900, mesmo até 1908, outras luzidas regatas
presenciou Aveiro.
Depois desapareceu a necessária cadência, registando-se esporádicas
competições. Felizmente, em 1940, o Clube dos Galitos inicia toda uma
série de rútilos triunfos, coleccionados em Portugal e no estrangeiro.
O remo é, pois, de longe, o desporto mais representativo do distrito. E
como seria de enaltecer que outras terras ribeirinhas o praticassem!
De lamentar a ausência dos remadores aveirenses nos Campeonatos da
Europa, onde,
em «shell» de 4, com timoneiro, tinham fartas possibilidades de vencer.
Devidamente amparado, o remo aveirense é susceptível de continuar
como
poucas outras modalidades a impor o nome português no grande mundo do Desporto! |