Segundo reza a acta da fundação do Clube dos Galitos
(opúsculo do clube de 1960, página 7), foi a 25 de Janeiro de 1904
que um grupo de dissidentes da existente Sociedade do Recreio
Artístico, entendeu criar o novo clube, que ainda vigora até à data.
Remetemos para o citado opúsculo as peripécias da dissidência e da
posterior actuação consentânea.
Ao longo da sua existência, várias foram as
modalidades que o clube praticou, algumas das quais com grande
evidência a nível nacional. Lembramos a sua Secção Náutica, mais
propriamente o remo, que, na década de 1940, foi um cartaz de
propaganda da cidade de Aveiro, um bom “embaixador” do desporto
português, como aconteceu nas Olimpíadas de Londres (1948), nos
Campeonatos Europeus (1950) e em vários Campeonatos Peninsulares e
Regatas Internacionais. O basquetebol também atingiu, em determinada
época, grande notoriedade ao participar, inclusive, no Campeonato
Nacional da 1ª divisão.
Por ordem mais ou menos cronológica, para além das
duas já referidas, outras modalidades o Clube praticou ou
desenvolveu, citando (não esperando falhar nenhuma) futebol,
ciclismo, campismo, andebol, hóquei em patins, pesca desportiva,
atletismo, acrescentando-se as actividades culturais da filatelia e
da numismática, a fotográfica, e ainda uma breve incursão pelo
teatro. Algumas destas (poucas) tem ainda hoje actividade, como o
basquetebol, a filatélica e a fotográfica. Recentemente, a náutica
renasceu, com particular incidência para a natação, e outras
apareceram como o xadrez e o triatlo, que têm tido resultados
bastante animadores.
As diferentes modalidades (e são várias, o que mostra
o ecletismo do clube) têm sido noticiadas e recordadas ao longo do
tempo, mas uma há que tem sido um pouco esquecida e de que poucos
aveirenses se lembrarão, mas que, no entanto, também ofereceu
períodos em que dignificou o nome do clube. Referimo-nos ao
atletismo; e será dele que iremos procurar fazer uma resenha de
alguns feitos e de alguns atletas que levaram a que o clube fosse
referenciado.
“O Democrata”, semanário de Aveiro da época,
noticiava, em 14 de Outubro de 1922, o início da modalidade em
Aveiro, e referia que no dia seguinte se realizaria no Campo do Côjo
o «primeiro campeonato de Sports Atléticos», de que constavam, entre
outras, provas de corridas, saltos, lançamentos (a essência da
modalidade). Citava ainda que deveriam comparecer quatro equipas
aveirenses, entre as quais se incluía o Clube dos Galitos. Não há
referência aos nomes dos atletas que era suposto estarem presentes.
As provas não se chegariam a realizar no dia anunciado, prejudicadas
pelo mau tempo (ter-se-ão realizado em data posterior?!). O que
interessa citar é que o Clube dos Galitos se propunha apresentar
atletas neste “campeonato”.
Depois, há a notícia de uma prova de atletismo,
denominada de “corrida da légua”, que teve lugar no dia 6 de Junho
de 1924, a terminar no Campo da Corredoura, que teve com vencedor um
atleta do Galitos, Mário Batista de seu nome.
Durante mais de 30 anos não parece que o Clube tenha
participado em provas da modalidade. Só em 1956 o Clube dos Galitos
viria a criar a sua secção de atletismo, que se formaria após
participação de alguns atletas de outras modalidades (principalmente
basquetebol e andebol) que foram “recrutados” para comparecer nos
anexos do antigo estádio Mário Duarte, a fim de disputar uma
eliminatória do torneio “Primeiro Passo”, iniciativa do Sporting
Clube de Portugal e do seu técnico prof. Moniz Pereira. O torneio
incluía provas de 80, 700 e 2.000 metros em corridas, lançamento do
peso e saltos em altura e comprimento. A “equipa” foi orientada pelo
professor da Escola Comercial, Ribeiro da Costa. A outra equipa
concorrente ao torneio, o Comércio e Indústria Clube de Aveiro (CICA),
já praticava a modalidade, mas não foi suficientemente forte para os
“novatos” do Clube dos Galitos, que venceram a eliminatória e
trouxeram para a sua Sede a taça “José Garnel” em disputa.
Desta eliminatória do torneio (que teve outras em
mais cidades do país), foram apurados para a final nacional, que se
disputou em Lisboa, José Arroja, Luís Robalo e Gonçalo Pinto. Os
dois primeiros conseguiriam brilhantes 2ºs lugares nas provas em que
intervieram (comprimento e 700 m. respectivamente).
Esta “meio brincadeira” mostrou que havia jovens com
potencialidades e aproveitando a dedicação do citado professor, o
clube despoletou a secção, que viria a dar algumas alegrias nos anos
seguintes.
O Clube resolveu então dedicar-se a sério à
modalidade. Assim, filiou-se de imediato na Associação Portuense de
Atletismo, uma vez que Aveiro não tinha associação para o efeito. O
clube passou a poder disputar os diferentes campeonatos, fazendo
transportar em vários fins de semana a dezena de atletas à cidade do
Porto, para competir com outros já mais “batidos” dos clubes
portuenses. Entretanto, dada a filiação do clube no organismo
regional representativo (Porto), alguns “jovens” (na casa dos 18-20
anos) do CICA mudaram para o Galitos.
Começaram por aparecer nos campeonatos de aspirantes
e principiantes (escalões existentes na altura, antecedendo os
juniores e os seniores). E, embora treinando em precárias condições,
pois Aveiro não dispunha de instalações para tal, fizeram, desde
logo, “suar” atletas do F. C. Porto, Académico, CDUP ou Salgueiros,
daquela que era na altura a segunda força de atletismo do país, a
seguir a Lisboa.
Para não ser fastidioso a enumerar a actuação dos
jovens “galináceos” nos campeonatos em que participaram, destaco
apenas uma notícia vinda a lume no semanário “Litoral”, em Junho de
1956 (repare-se que os atletas se tinham iniciado no mês anterior):
«Exaltável comportamento do Galitos no Campeonato de
Principiantes da APA” – “Galitos com apenas 5 atletas, disputando 2
concursos, 3 corridas e uma estafeta, classificou-se em 3º lugar, à
frente dos experientes Salgueiros, Pejão e CDUP” – “Desfalcado de
Arroja, o seu melhor velocista.»
A grande figura deste pequeno grupo que aderiu à
modalidade, envergando as camisolas do Clube dos Galitos, seria
Luís Robalo, que logo ali venceu a prova de 1.000 metros. Os
restantes quatro elementos que contribuíram com pontos para o
“exaltável” comportamento, eram Albertino Pereira, Gonçalo Pinto,
Virgolino Teto e o “escrevinhador” destas nótulas. E ainda faltou
José Arroja, como o semanário atrás referia.
Uma semana depois, Luís Robalo foi a Lisboa disputar
os campeonatos nacionais e aí confirmou as suas potencialidades,
ficando em 2º lugar na prova de 1.000 m., a curta distância de
Vilaça, categorizado atleta do Sporting.
Iniciar-se-ia aqui o caminho de Luís Robalo, que o
levou a ser, em pouco tempo, um dos primeiros categorizados atletas
que o Galitos teve na modalidade. Conseguiria não só bater os seus
adversários nas corridas de meio-fundo, como chegou a pulverizar os
respectivos recordes regionais e até nacionais.
Era louvável como estes poucos atletas, “comandados”
por Luís Robalo, conseguiam razoáveis resultados nas provas a que
compareciam, pois, como se sabe, não havia pista em Aveiro onde se
pudessem treinar e utilizando as precárias condições do anexo do
Regimento de Cavalaria 5 (rua de Arnelas, actual Von Haff), cedido
ao clube para o efeito. Nesta altura, o prof. Ribeiro da Costa,
desviado de Aveiro, foi substituído por outro entusiasta, que tinha
sido olímpico em Helsínquia em modalidade completamente diferente
(hipismo), mas que dada a sua condição atlética podia, pelo menos
fisicamente, dar condições ao reduzido número de pretensos atletas
do Clube. Referimo-nos ao Capitão Serra Pereira.
Luís Robalo, nas várias provas em que
participou, dava demonstrações da sua classe, não tendo opositores
pelo menos no norte da país. Não vamos enumerar todas as provas em
que interveio e venceu (batendo recordes), mas não podemos deixar de
referir o dia 27 de Junho de 1957, quando se sagrou Campeão
Nacional de Principiantes, na prova de 1.000 metros, no
tempo de 2m 36,0s, que constituía recorde nacional da distância,
à frente de atletas de nomeada dos clubes da capital.
Com grande pena dos responsáveis do Clube, Luís
Robalo depressa deu por finda a sua passagem pelas pistas (também se
tinha iniciado já tarde, com cerca de 20 anos).
Mas, em 1960, o Clube dos Galitos aparecia com mais
alguns jovens e entre eles dois que prometiam e que depois
confirmaram nas competições em que intervieram. Falamos de Carlos
Alberto Lima e de José Vaz Ruivo.
O primeiro, Carlos Lima, em Lisboa, no
nacional de aspirantes, escalão a que ainda pertencia, venceu a
prova do salto em comprimento, com a boa marca (para jovens
da sua idade) de 6,00 metros, sagrando-se assim
campeão nacional.
Em 1961, os atletas do Galitos (que
continuavam a ser só “meia dúzia”), brilharam no Campeonato Regional
de Juniores (no Porto), em que foram 2ºs classificados
colectivamente, à frente do Académico e do Salgueiros, clubes com
dezenas de atletas e dotados de pistas para treino e prática da
modalidade. Os atletas da casa continuavam a treinar no improvisado
anexo já anteriormente mencionado.
José Vaz Ruivo, que se iniciara também já com 19
anos, era o que se poderia designar por atleta completo, pois foi
vencedor do Pentatlo Regional de Juniores (comprimento, dardo, 200
m., disco e 1.500 m.), com 2045 pontos.
Os resultados que os atletas do Galitos vinham
obtendo não passavam desapercebidos aos grandes clubes da capital e
assim, como já anteriormente o Sporting tinha aliciado Luís Robalo a
ingressar nas suas fileiras, José Ruivo foi desviado para o Benfica.
Este último foi acompanhado por outro atleta que prometia, Eduardo
Correia. Carlos Lima preferiu continuar em Aveiro.
Carlos Mateus de Lima seria convidado pela Federação
Portuguesa de Atletismo para participar em provas de observação
(salto em comprimento, no seu caso), com vista a apurar jovens para
o Portugal – Espanha em juniores e para os Jogos Ibero – Americanos.
José Ruivo foi para Lisboa, mas Carlos Mateus de Lima
continuou por Aveiro a dar a sua colaboração ao Clube dos Galitos.
Teve excelente comportamento no Campeonato Nacional de Juniores em
1962.
Afirmava o Litoral em 18 de Agosto: “... Mateus de
Lima é, principalmente, um devotado e persistente amante do
atletismo, que teima em praticar mesmo sem dispor de um mínimo de
condições que lhe permitam treino regular e eficiente. Sem treinador
– orienta ele mesmo a sua própria preparação. E, sobretudo isto, é
ainda Mateus de Lima a alma-mater da secção de atletismo do
Galitos, que lhe está confiada”
Mais adiante acrescentava: “Vencendo mil obstáculos,
sem esquecer o das incompreensões, o Clube dos Galitos está a dar
prestimoso contributo ao atletismo. Os seus representantes aparecem
nas pistas de Lisboa e Porto e arrancam preciosas “performances” e,
com elas, manifestações de simpatia”
Carlos Lima faria nesses campeonatos nacionais, 6,66
m. no comprimento (2º lugar), 12,78 m. no triplo-salto (3º lugar),
1,70 m. no salto em altura (4º lugar) e nos 110 m. barreiras (4ª
lugar). Nesta altura, era acompanhado pelo principiante Rui Barros
que seria campeão regional nos saltos em altura e comprimento.
Também se afirmava no triplo e nas barreiras.
Há depois um interregno no Clube, que só voltaria a
ter atletas em 1967, e desta feita com incidência no sector
feminino. Assim, no torneio de iniciados e juvenis da A.P.A., em
Abril de 1968, no estádio das Antas, Rosa Manuela Almeida conquistou
três títulos: 60 metros, comprimento e lançamento do peso. Seria bem
secundada por Lisete Barros de Oliveira, que foi 2ª nos 60 metros e
4ª no comprimento.
Lisete de Oliveira viria a suplantar a sua
colega no capítulo velocidade. E assim, no campeonato nacional de
juvenis seria 3ª e Rosa Manuela apenas 6ª.
Nasciam pois duas promissoras atletas. Mérito para
Fernando Gouveia, que resolvera dar uma preciosa ajuda ao Clube para
treinar as jovens. As duas seriam convocadas para a selecção da
A.P.A., quando da disputa do I Porto – Braga.
No dia 17 de Maio de 1969, dava-se conta do
“brilharete” da aveirense Lisete de Oliveira nos campeonatos
nacionais disputados em Setúbal. Competindo com atletas do Benfica,
Sporting, Académica, Sporting de Braga e Vitória de Setúbal, Lisete
disputou duas corridas – 80 e 150 m. – alcançando o 2º lugar em
ambas. Entretanto ia batendo o recorde regional dos 80 metros.
No início de 1970, o Galitos apostava nas provas de
estrada. Manuel de Oliveira e Vítor Silva, que se havia transferido
do Estarreja, eram os seus mais qualitativos representantes. Manuel
de Oliveira chegaria a obter um notável 5º lugar no II Grande Prémio
de Natal de Aveiro, competindo com atletas de nomeada.
Notícia de João Sarabando, no "Norte Desportivo", dando
conta desta prova pedestre, que começava a ter assinalável êxito:
“Alguns chegaram a ser gigantes. Por exemplo, quem se atreveria a
vaticinar que o “desconhecido” Manuel Oliveira, do Galitos,
arrancava o quinto posto da classificação?!”.
Na pista, Lisete Oliveira desaparecia, embora
continuasse a ser detentora dos recordes nortenhos de 80 e 150 m.,
em juvenis e de 100 m. nos juniores. Teria passagem fugaz pelo
clube.
Novo interregno do atletismo no clube. O facto de não
haver pista ou qualquer outro recinto onde se pudesse fazer adequada
preparação terá sido a principal razão para este interregno.
O Clube dos Galitos regressa, no entanto, à
modalidade em 1978. Conseguiu aliciar um conjunto de jovens que, com
o contributo do técnico Júlio Cirino, conseguindo que os irmãos
Pinhal, o Luís e o Paulo, se transferissem para o clube, montou uma
equipa que obteve alguns êxitos no início da década de 80. Para além
dos irmãos Pinhal, o clube contava ainda com António Salvador e
Manuel Moreira, já experientes e com razoáveis resultados, equipa
completada ainda com Fernando Camelo, Fernando Valente e Alcides
Dias. A equipa técnica era completada por Jorge Simões, antigo
atleta do clube, como monitor.
Em 1980, o Clube dos Galitos comemorava as suas
“Bodas de Diamante”. A secção de atletismo, que entretanto retomara
a actividade, promoveu uma prova de estrada, que integrou no
programa das referidas comemorações. Designou de “Estafeta Aveiro –
Aveiro”, com quatro percursos: Aveiro – Cacia; Cacia – Tabueira;
Tabueira – Eucalipto; Eucalipto – Aveiro. Estiveram presentes 52
equipas de 29 clubes, de Aveiro, Guarda, Porto e Viseu. A prova foi
ganha por uma equipa do Porto, a ANA, seguida pelo Beira – Mar e
pelo clube organizador, o Galitos. Manuel de Oliveira e Vítor Silva
continuavam a ser os seus melhores atletas.
Em 1982, no Campeonato Nacional de Juniores, cita-se
o nome de Mário Silva, que foi vencedor, e naturalmente
campeão, da prova de 3.000 metros, curiosamente à frente de
Domingos Castro e de Dionísio Castro, por uma equipa de Lamego, os
gémeos que iriam fazer furor anos depois, a representar o Sporting.
O Clube iniciara alguma formação a jovens que
entretanto aderiram querendo praticar a modalidade. O número de
possíveis atletas dava para que o clube fosse o segundo com mais
atletas inscritos na Associação de Atletismo, logo a seguir ao
Beira-Mar. O seu atleta mais representativo continuava a ser Mário
Silva.
Nos Campeonatos Nacionais de Corta-Mato de 1983, o
destaque foi para um atleta que fazia parte do grupo de formação. O
seu nome Paulo Pinhal, que foi campeão em juniores.
António Resende obteria um excelente 3º lugar no escalão de juvenis.
O clube esteve presente em Vigo, numa estafeta
internacional, no ano de 1983.
Nos Nacionais de Juniores em pista, disputados a 18 e
19 de Junho, Paulo Pinhal, foi campeão nas provas de
800 e de 3.000 metros. Este jovem estaria presente no
Campeonato Europeu de Corta-Mato, integrando a selecção de
Portugal.
Nos Campeonatos de Portugal de Inverno, embora ainda
júnior, neste ano de 1985, Paulo Pinhal seria 2º na prova de 800
metros.
No ano seguinte (1984), o Clube apresentou mais um
atleta de eleição, António Salvador, que nos campeonatos
nacionais de corta-mato, em juniores, obteria um assinalável 4º
lugar (entre 178 participantes). Voltaria a destacar-se em 1985,
sendo vice-campeão, ainda em juniores, nos campeonatos de
Portugal de corta-mato, a escassos 9 segundos do vencedor. Seria
seleccionado para o Campeonato da Europa, a realizar em Agosto,
na Alemanha. Viajou ainda até Madrid, para participar no
“meeting” Madrid – Lisboa.
Em 1986 aparece no Clube dos Galitos uma nova
estrela, que o seria no futuro a nível nacional e até internacional.
Tratava-se de Teresa Machado, que logo no início da época nas
provas de pista coberta, que se começaram a realizar neste ano, se
destacou no lançamento do peso. Fernando Gouveia foi o seu primeiro
treinador.
Campeã com apenas 16 anos, conseguiu desde
logo pulverizar os máximos nacionais do peso e do disco, nos
escalões de juvenis e de juniores. Entretanto passara para as mãos
de Júlio Cirino, que passou a ser o técnico do clube. As
“performances” de Teresa Machado resultavam do excelente trabalho
que esteve técnico vinha fazendo.
Num torneio internacional, o “Madrid-Lisboa-Aveiro”,
em sub-18, Teresa Machado foi vencedora, com larga margem, dos
lançamentos do peso e do disco.
Foi campeã nacional de juniores, nas duas
especialidades, fazendo no disco uma marca (43,96 m.) que constituía
novo recorde nacional de juniores.
Os recordes dos dois lançamentos, especialmente no
disco, começaram a ser sucessivamente batidos. Não vamos enumerar
todas as provas que ganhou, mas referir apenas que nas provas em que
participava vencia sempre. Tratava-se efectivamente de uma grande
campeã.
Entretanto, como não podia deixar de ser e acontecia
com tantos outros, em 1987 foi desviada para o Sporting. Aí,
continuou a sua senda de êxitos, que a levaria à internacionalização
e a ser uma das melhores discóbolas mundiais.
Com a saída de Teresa Machado, e do seu treinador,
que naturalmente a acompanhou, terminou o atletismo no Galitos,
situação que se verifica até à data.
Para além dos elementos, que não atletas, que
contribuíram para algum sucesso da modalidade no clube, como é o
caso dos treinadores referidos no decurso desta nótula, justo será
de acrescentar dois nomes que tiveram grande influência nesse mesmo
sucesso. São eles Gaudêncio Santos e Emanuel Cajeira.
António Carretas |